Diversidade

Roberto Jefferson é denunciado por LGBTfobia

O presidente do PTB proferiu declarações homofóbicas e transfóbicas contra os ministros do STF

Foto: reprodução.
Apoie Siga-nos no

Entidades LGBTs entraram com uma ação no Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson. O político é acusado de crime de racismo ao proferir declarações homofóbicas e transfóbicas durante entrevista ao canal Questione-se, no Facebook.

Jefferson atacou a sexualidade dos integrantes do STF e chamou o ministro Edson Fachin de “Carmen Miranda”, o ministro Luís Roberto Barroso de “Lulu Boca de Veludo”, o ministro Gilmar Mendes de “Sapão” e o ministro Luiz Fux, futuro presidente da Corte, de “beija-pé”.

Falando em nauseabunda, tem 2 ministros lá [no STF] que têm esses gostos, né? É, tem. Tem ministros de rabo preso e 2 de rabo solto. Um é o Carmen Miranda e o outro é o Lulu Boca de Veludo. É uma coisa… Você imagina 1 homem desses julgando“, disse o ex-deputado durante a entrevista.

Esse não é o primeiro processo por homofobia que o político recebe. Jefferson é alvo de outra denúncia, protocolada pela vereadora Soninha Francine (Cidadania), na Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo.

A ação no MPF foi protocolada pela Associação Brasileira de LGBTs (ABGLT ) com apoio do Sindicato dos Advogados de SP e do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero. Em 2019, o STF incluiu a LGBTfobia no crime de racismo. A punição é de  1 a 3 anos de prisão, sendo inafiançável e imprescritível.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo