Política

Silvio Almeida critica o PL antiaborto em culto em São Paulo e é aplaudido

No mesmo dia, o presidente Lula cobrou que a bancada governista na Câmara se posicione contra o projeto

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Foto: Clarice Castro/MDHC
Apoie Siga-nos no

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, criticou durante um culto na sexta-feira 21, em São Paulo, o projeto de lei que equipara ao homicídio o aborto realizado após a 22ª semana de gestação em casos de estupro.

Na prática, o PL prevê que a pena para a mulher que interromper a gravidez seja mais dura que aquela a ser imposta ao homem que a estuprou.

“Quem defende uma polícia violenta não é amigo dos policiais, é inimigos dos policiais. Porque está em engano, está envenenado pela ideologia do ódio quem quer que uma mulher que foi estuprada seja presa”, afirmou, na Igreja Batista da Água Branca, na zona oeste da capital paulista. Ele foi aplaudido pelos presentes, segundo informação do UOL.

Também na sexta, o presidente Lula (PT) cobrou que a bancada governista na Câmara se posicione contra o projeto. Em entrevista à Rádio Mirante News, do Maranhão, ele declarou ser necessário enfrentar o debate. “Eu tenho dito para a bancada que defende o governo que não pode ficar receosa. Nós temos que debater, temos que ter coragem de discutir e divergir.”

Na semana passada, a partir de uma manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os deputados aprovaram a tramitação do projeto em regime de urgência. Com isso, ele poderia ir direto ao plenário, sem passar por comissões.

Após uma ampla reação popular contra o PL, no entanto, Lira pisou no freio e anunciou, na última terça 18, a criação de uma “comissão representativa” para debater o tema no segundo semestre. Ou seja, ele não descartou o projeto, mas atrasou a tramitação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo