Política

“Sou capitão do Exército, ele é pacifista”, diz Bolsonaro sobre Gandhi

Presidente brasileiro destacou sua diferença com o líder indiano, mas disse apreciar pregação de ‘paz, harmonia e liberdade’

O presidente Jair Bolsonaro, em cerimônia de oferenda floral no Memorial Mahatma Gandhi. Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia em homenagem ao líder indiano Mahatma Gandhi, neste sábado 25, durante viagem à Índia. Bolsonaro está no país como convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi para o Dia da República, celebrado no domingo 26.

Em seu primeiro dia de agenda oficial, o presidente brasileiro presenciou uma cerimônia de oferenda floral no Memorial Mahatma Gandhi, na capital Nova Délhi. Em entrevista à imprensa, Bolsonaro disse que aprecia o legado do líder.

“Eu sou um capitão do Exército, ele é um pacifista. Mas, obviamente, a gente reconhece o seu passado, sempre pregando a paz, a harmonia e a liberdade”, afirmou.

 

Bolsonaro ganhou um busto de Gandhi e disse que a cerimônia “toca a alma da gente”. O memorial marca o local da cremação do líder, em 31 de janeiro de 1948, após ser assassinado com tiros de arma de fogo pelo hinduísta Nathuram Godse.

Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido por Mahatma, que significa “grande alma”, nasceu em 1869. Ele encabeçou a resistência contra o domínio da Inglaterra, em um movimento iniciado em 1885.

Considerado o “pai da nação”, pregava a resistência e a luta por meio da não-violência e da desobediência civil, como o boicote aos produtos britânicos e a recusa ao pagamento de impostos.

Após a homenagem ao líder, Bolsonaro reuniu-se com o primeiro-ministro indiano e anunciou 15 acordos com o país. A agenda presidencial na Índia deve se encerrar na segunda-feira 27.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo