STF marca julgamento para decidir se mantém Lira como réu por corrupção

O processo foi liberado para julgamento por Dias Toffoli e envolve a apreensão de 106 mil reais em espécie com um ex-assessor

O presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal agendou para a próxima terça-feira 6 o julgamento de um recurso da defesa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra uma denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva.

O processo foi liberado para julgamento pelo ministro Dias Toffoli na última quarta-feira 31 e envolve a apreensão de 106 mil reais em espécie com um ex-assessor do parlamentar.

Em 2019, a Primeira Turma aceitou parcialmente a denúncia. Em 2020, com votos dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello (agora aposentado), o colegiado formou maioria para rejeitar a apelação e manter Lira como réu. Toffoli, porém, havia pedido mais tempo para analisar os autos.

Na análise da semana que vem, a Corte decidirá se Lira continuará na condição de réu.

Em abril deste ano, a PGR recuou e enviou uma manifestação ao STF na qual pediu o arquivamento de sua própria denúncia. A nova peça é assinada pela vice-PGR Lindôra Araújo, que argumenta não haver elementos que justifiquem a acusação contra Lira.

A denúncia, segundo ela, teria se baseado em uma delação do doleiro Alberto Youssef que não oferece provas sobre pedidos de propina supostamente feitos pelo parlamentar ao ex-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos Francisco Colombo.


Inicialmente, a PGR havia denunciado Lira por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o dinheiro apreendido em 2012 no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pertencia ao deputado alagoano e era fruto de propina.

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