Política
Suspeito de financiar atos golpistas fugiu pela janela para não ser preso em ação da PF
Até o momento, a corporação cumpriu 5 mandados de prisão no âmbito da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira 20
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/01/raif-jibran-filho.jpg)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira 20 a Operação Lesa Pátria, que mira suspeitos de apoiarem e financiarem os atos golpistas em Brasília em 8 de janeiro. Entre os alvos está o empresário goiano Raif Jibran Filho, que pulou do segundo andar por uma janela e fugiu ao ser abordado pelos policiais. A informação é do jornal O Globo, que conversou com fontes ligadas à corporação.
O bolsonarista é sócio-administrador de um restaurante em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. Ele esteve na capital federal durante a invasão às sedes dos Três Poderes, conforme um vídeo que circula nas redes sociais.
“Dia 8, aqui, domingo. Mostrando que o poder emana do povo. Estamos aqui tomando tiro de borracha, gás lacrimogêneo, mas mostrando que essa p* é nossa! (…) É guerra! Quer ser comandado por comunista? Vem pra guerra!”, diz Jibran Filho na gravação.
Esse é Raif Jibran Filho, proprietário do Rústico Premium Grill, um dos mais badalados e caros de São Jorge na Chapada dos Veadeiros onde a galera descolada gosta de fazer foto pra Instagram. Vamos deixar o restaurante famoso? pic.twitter.com/iaZEeqwX4X
— Lorena Rodrigues (@_mulher_aranha_) January 9, 2023
Até o momento, a PF prendeu cinco alvos da operação: Renan da Silva Sena, Ramiro dos Caminhoneiros, Randolfo Antonio Dias e Soraia Bacciotti. Ao todo, foram expedidos oito mandatos de prisão e 16 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
De acordo com a corporação, os fatos investigados envolvem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, além de associação criminosa e incitação ao crime.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.