Política

Temos a obrigação moral, ética e política de fazer a reparação aos povos indígenas, diz Lula

Presidente eleito participou, no Egito, do Fórum Internacional dos Povos Indígenas

Foto: Midia Ninja
Apoie Siga-nos no

O presidente eleito Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira 17 que o seu governo buscará fazer uma reparação histórica com os povos originários brasileiros. O petista participou, no Egito, do Fórum Internacional dos Povos Indígenas.

“As pessoas que governam olham o mundo com uma lógica diferente da lógica que vocês olham. No fundo, o povo pobre e os indígenas não são tratados como seres humanos e, sim, como números”, discursou Lula. “Temos a obrigação moral, ética e política de fazer a reparação pelo o que causaram aos povos indígenas”.

No evento, Lula disse ainda que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) quase destruiu, em quatro anos, a política social que os governos do PT deixaram.

“Agora, temos que voltar a construir”, afirmou. “Sem ódio, sem rancor, sem vingança. O que queremos é fazer a política que precisa ser feito para que o povo indígena, os pobres e os trabalhadores possam viver dignamente.

O presidente eleito esteve no evento com a esposa, Janja, com os ex-ministro Fernando Haddad e Marina Silva (Rede), e com as deputadas eleitas Joênia Wapichana (Rede) e Sonia Guajajara (PSOL). Lula reforçou que vai criar o Ministério dos Povos Originários.

“Quando deixei a presidência em 2010, o tempo foi passando e eu fui percebendo quantas coisas eu poderia ter feito e não fiz”, declarou. “Quero que os indígenas participem da governança do País para que não vejamos o indígena como alguém que está atrapalhando o desenvolvimento econômico da nação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo