Política

Terrorismo: Moraes manda prender Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF

A PF também cumpre um mandado de busca e apreensão na casa do ex-secretário; Torres está nos EUA, onde passa férias com a família

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou a Polícia Federal prender o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ele ainda está nos Estados Unidos. A decisão está em sigilo.

A PF também cumpre um mandado de busca e apreensão na casa do ex-secretário, localizada no condomínio Ville de Montagne, no bairro Jardim Botânico, em Brasília.

Torres foi exonerado pelo governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), no domingo 8, durante a depredação promovida por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) às sedes dos Três Poderes.

Ele chefiou a Justiça durante o governo Bolsonaro e é alvo de investigações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal, a exemplo de uma sobre a transmissão ao vivo feita pelo então presidente da República em 2021 para atacar, à base de mentiras, o sistema eleitoral brasileiro.

Moraes atendeu ao pedido de prisão em flagrante feito pela Advocacia-Geral da União no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. No pedido, o órgão acusa o ex-secretário de ter envolvimento na escalada de tensões que resultou na destruição de obras de artes e do patrimônio público dos prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.

Mais cedo, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União o bloqueio de bens de Anderson Torres. No pedido, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado também pede a “indisponibilidade de bens” de Bolsonaro e Ibaneis. A solicitação será analisada pelo ministro Vital do Rêgo, que é relator de uma apuração aberta para investigar os atos golpistas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo