Tribunal confirma absolvição de Aécio no caso Joesley Batista

O MPF acusou o tucano de receber dinheiro do empresário em troca de atuar a favor do grupo J&F no Congresso. O montante chegaria a 2 milhões de reais

O recalque de Aécio Neves deu no que deu

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O Tribunal Regional Federal da 3ª Região confirmou nesta quinta-feira 27, por unanimidade, a decisão da primeira instância que absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) de uma denúncia por corrupção passiva. A absolvição também se aplica a Andrea Neves, irmã do político.

Em 2017, o Ministério Público Federal acusou o então senador de receber dinheiro do empresário Joesley Batista em troca de atuar a favor do grupo J&F no Congresso Nacional. O montante chegaria a 2 milhões de reais, pago em quatro parcelas de 500 mil, reais entre fevereiro e maio de 2017.

Votaram pela absolvição de Aécio os desembargadores Fausto de Sanctis, José Lunardelli e Nino Toldo.

Há seis anos, Aécio foi gravado por Joesley Batista enquanto acertavam o pagamento ao tucano. O áudio foi entregue pelo empresário ao MPF no âmbito de uma delação premiada na Lava Jato.

À época, a defesa do político afirmou que ele recebeu legalmente um empréstimo de Joesley destinado a bancar os custos com sua defesa na operação.

Em nota, os advogados Alberto Toron e Luiza Oliver afirmaram nesta quinta que “todos os desembargadores do tribunal mantiveram a absolvição porque reconheceram que os valores recebidos por Aécio Neves, nosso cliente, não eram vinculados a propina ou qualquer ato ilícito”.


Fábio Tofic Simantob e Débora Perez Dias, advogados que representam Andrea Neves, também se manifestaram por meio de nota: “Lamentamos que, em momento de exceção da Justiça brasileira, Andrea tenha sido presa por crimes que agora a Justiça reconhece que nunca existiram. Uma senhora, de 60 anos, de passado ilibado, reconhecida por suas atividades na área social, foi presa por mais de dois meses, sem que houvesse sequer uma prova que indicasse qualquer ato ilícito que pudesse ter sido praticado por ela. Ainda que tardia, a justiça foi feita”.

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