Mundo

Trump elogia Eduardo Bolsonaro e diz que não vê nepotismo na indicação

O governo brasileiro enviou aos EUA uma consulta formal sobre a indicação do filho do presidente para o cargo de embaixador

Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

O presidente dos EUA, Donald Trump, falou pela primeira vez sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para comandar a embaixada brasileira em Washigton. Em entrevista coletiva nesta terça-feira 30, o republicano mostrou satisfação com a indicação do filho do presidente e disse que não classifica a escolha como nepotismo.

“Eu conheço o filho dele (Jair Bolsonaro) e eu considero que ele é extraordinário, um jovem brilhante e incrível. Estou muito feliz com a indicação”, disse Trump. Em seguida o presidente foi questionado se a indicação não se classifica como nepotismo. “Não, eu não acho que é nepotismo porque o filho ajudou muito na campanha. O filho dele é extraordinário”, concluiu o presidente.

Na última sexta-feira 27, o governo brasileiro enviou aos EUA uma consulta formal, o chamado “agrément”, sobre a indicação de Eduardo para ser embaixador naquele país.

“Foi pedido o ‘agrément’ e esperamos a resposta americana, de acordo com a praxe diplomática. Mas tenho a grande certeza de que será concedido pelo governo americano, e Eduardo Bolsonaro será um ótimo embaixador”, disse o chanceler Ernesto Araújo.

Para ocupar o cargo da alta diplomacia, Eduardo terá que ser sabatinado e aprovado tanto pela Comissão de Relações Exteriores do Senado como pelo plenário da Casa.

Livre comércio

Trump afirmou, também nesta terça-feira 30, que quer trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil. O presidente americano disse ainda que o Brasil é um grande parceiro comercial, mas que ainda cobrava muitas tarifas dos EUA.

Na fala, Donald Trump não deixou de comentar sobre Bolsonaro, e se utilizou de parâmetro para elogiar o presidente brasileiro. “Tenho uma relação fantástica com seu presidente. Dizem que ele é o Trump do Brasil. Eu gosto disso – é um elogio”, afirmou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo