Justiça
TSE: Ministro que votou a favor de Bolsonaro assume a Corregedoria; Moraes cita dever com a democracia
Também nesta terça-feira 21, Isabel Gallotti tomou posse como ministra do Corte
O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral, tomou posse nesta terça-feira 21 como novo corregedor-geral eleitoral, em substituição a Benedito Gonçalves.
Enquanto Gonçalves, na condição de relator, votou a favor da condenação de Jair Bolsonaro (PL) a oito anos de inelegibilidade, Araújo se manifestou contra a punição ao ex-presidente.
Também nesta terça, Isabel Gallotti tomou posse como ministra do TSE.
Segundo o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, a renovação entre os membros “fortalece a Justiça e a democracia”.
“É um exemplo de que as pessoas passam e as instituições ficam”, afirmou o ministro. “E cada um de nós, em nossas passagens pelas instituições, tem um dever: cumprir a Constituição, resguardar a democracia e fortalecer as instituições.”
Entre os presentes na cerimônia estavam o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), cotado para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, um dos favoritos para chegar à Procuradoria-Geral da República.
As indicações ao STF e à PGR cabem ao presidente Lula (PT) e terão de ser chanceladas pelo Senado.
Natural do Rio de Janeiro, a nova ministra do TSE Isabel Gallotti é integrante do Superior Tribunal de Justiça desde 2010. Ela foi eleita para o posto de titular da Justiça Eleitoral pelo pleno do STJ em 13 de setembro.
Formada em Direito pela Universidade de Brasília, onde também concluiu o mestrado em Direito e Estado, ela iniciou a carreira como advogada. Também atuou no Ministério Público Federal e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O TSE é composto por sete membros: três do STF, dois do STJ e dois juristas vindos da advocacia.
CartaCapital
Há 30 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
A resposta de Marina Silva ao ser chamada de ‘marionete do governo’ por bolsonarista
Por Gabriel Andrade
Britânia terá de indenizar trabalhadora demitida por não apoiar Bolsonaro
Por Camila da Silva
De Lula a Bolsonaro e Lira: como os brasileiros avaliam os líderes políticos, segundo pesquisa Atlas
Por CartaCapital