Educação

Vélez é demitido da Educação após 3 meses de polêmicas em série

O ministro não resiste às pressões e brigas na pasta que opõem olavistas e militares

Apoie Siga-nos no

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi demitido do cargo nesta segunda-feira 8. O presidente Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter que Vélez sairá do cargo e será substituído por Abrahm Weintraub. O afastamento do colombiano do MEC já tinha sido sinalizado pelo presidente na última semana em um encontro com jornalistas. “Está bastante claro que não está dando certo. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta”, declarou.

Em pouco mais de três meses frente ao cargo, o ministro acumulou decisões polêmicas e recuos que não só demonstraram sua inabilidade em gestão pública, como enfraqueceram sua figura diante dos grupos que disputam a atuação do MEC, militares e olavistas.

 

Na sexta, ao saber da possível demissão do ministro da educação, Olavo de Carvalho foi às redes sociais comentar a crise. Vélez foi um dos que ocuparam cargo no governo por influência do “guru bolsonarista”. “Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem para fora do ministério”, declarou.

São pelo menos 16 demissões de figuras do alto escalão do MEC desde janeiro. Ao todo, segundo levantamento feito pelo Metrópoles com base nas dispensas publicadas no Diário Oficial da União, são 91 demissões em 87 dias, o que dá mais de uma dispensa por dia desde que o colombiano assumiu a pasta.

Informações da Folha de S.Paulo indicam que os desligamentos, além de comprometer o funcionamento do ministério, geraram custo de 171 mil reais só com ajudas de custo.

Mais informações em instantes.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo