CartaExpressa
Votação de Lira dá um salto na comparação com a eleição de 2021; veja os números
O deputado do PP de Alagoas inicia seu segundo biênio no comando da Casa
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/02/img20230201173248802-1.jpg)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi reeleito ao cargo com 464 votos, 162 a mais do que em sua primeira eleição, em 2021. Adversários, Chico Alencar (PSOL-SP) teve 21 votos e Marcel van Hattem (Novo-RS), 19. Cinco deputados votaram em branco.
Quando disputou o cargo pela primeira vez, Lira havia obtido 302 votos, contra 145 de Baleia Rossi (MDB-SP), 21 de Fábio Ramalho (MDB-MG), 16 de Luiza Erundina (PSOL-SP), 13 de Marcel van Hattem (Novo-RS), três de André Janones (Avante-MG), dois de Kim Kataguiri (União-SP) e um de General Peternelli (União-SP). Dois votos foram em branco.
A votação também é recorde em toda a história da Câmara.
Na legislatura de 1991 e 1992, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) havia obtido 434 votos, o que representava 96,4% dos 450 deputados da época. Entre 2003 e 2004, João Paulo Cunha (PT-SP) também havia alcançado os 434 votos, mas nesse caso o índice era de 89,7% dos 484 representantes.
Agora, Lira ultrapassa os 90% entre os 513 deputados.
A candidatura de Lira teve o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na primeira eleição, o seu nome era sustentado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.