Economia
Witzel diz que Rio está sem dinheiro até julho e defende cassinos
“Não é possível que só em Las Vegas as pessoas gastem fortunas. Aqui também há espaços para sediar cassinos”
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/01/cassino.jpg)
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), disse que o estado poderá chegar em julho sem dinheiro suficiente para honrar os compromissos e defendeu a legalização do jogo no país, como uma forma de gerar recursos. Ele participou, na terça-feira 8, da posse do novo procurador-geral do estado, Marcelo Lopes.
“Estamos, realmente, com muitas dificuldades. Nós, se mantivermos o ritmo, sem fazer nenhuma medida de contingência, sem negociação, vamos chegar em julho sem dinheiro. Estamos com um déficit de mais de 8 bilhões de reais e restos a pagar de mais de 11 bilhões. Precisamos agir. Precisamos cobrar do sonegador, precisamos cobrar a dívida ativa. Precisamos nos empenhar”, disse Witzel.
O governador também pediu empenho para que seja legalizado o jogo no país, o que poderá beneficiar diretamente o estado.
➤ Leia também: "Precisamos ter nosso Guantânamo", diz governador do Rio
“Nós estamos empenhados em aprovar agora a legislação que permite a instalação de cassinos no estado do Rio de Janeiro. Não é possível que, só em Las Vegas, pessoas gastem fortunas. Aqui também há espaços para sediar cassinos e têm oportunidades para isso. É só aperfeiçoar os mecanismos de controle e não haverá nenhum tipo de problema. Certamente, o estado muito ganhará e vai se beneficiar”, afirmou o governador.
Ele fez um apelo aos procuradores do estado para que, juntamente com a Secretaria de Fazenda, encontrem soluções para não chegar no fim do ano com um deficit bilionário. Uma das ações, segundo o novo procurador, será firmar acordos de leniência com grandes devedores que se interessarem em regularizar a situação com o estado. Ou seja, ele quer perdoar dívidas de empresários.
➤ Leia também: Policiais contra Bolsonaro, uma minoria silenciosa no Rio de Janeiro
*Com informações da Agência Brasil
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.