Saúde

Bares do Leblon ficam lotados em primeiro dia de reabertura no Rio

Imagens de pessoas aglomeradas na calçada e sem máscara circularam nas redes sociais e geraram críticas. Veja

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
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O decreto que flexibilizou a abertura dos bares e restaurantes no Rio de Janeiro na quinta-feira 02 não demorou muito para registrar cenas que vão contra todas as recomendações feitas pelas autoridades de saúde. Na noite de ontem, frequentadores do bares do Leblon, zona sul carioca, lotaram as calçadas dos bares e, a maioria sem máscara, voltaram a povoar a noite boêmia da capital do Rio, que registrou 71 óbitos e 736 novos casos de coronavírus neste mesmo dia.

Segundo registrou a reportagem do jornal O Globo, bares tradicionais como o Pavão Azul, em Copacabana, e o Guimas, na Gávea, ficaram lotados e sem a presença de fiscalização. A Guarda Municipal precisou intervir na região da Praça Cazuza, no Leblon, após uma aglomeração de aproximadamente 300 pessoas na calçada, que permaneceram no local mesmo com os estabelecimentos fechando as portas.

O decreto do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) determinava que os bares e restaurantes deveriam abrir com metade da capacidade funcionando, manter mesas a 2 metros de distância umas das outras, com preferência a áreas abertas, não servir em regime de self-service e nem com música ao vivo e, também, manterem-se abertos até às 23h.

Em acordo com outro decreto municipal de abril, o uso de máscara era, em tese, obrigatório. Nas redes sociais, imagens do cenário improvável se espalharam a geraram revolta.

“Acho que a vacina chegou no Leblon e não estamos sabendo!”, escreveu um usuário do Twitter.

O contraste entre os garçons utilizando máscaras e os clientes não também foi ressaltado. As organizações sanitárias demonstram que a chance de transmissão do vírus cai ainda mais caso dois interlocutores estejam usando a máscara de proteção – porcentagem que aumenta se apenas uma pessoa utilizá-la.

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