Saúde
Base militar em Anápolis receberá brasileiros em quarentena por coronavírus
Base aérea de Anápolis está habilitada para receber hóspedes e fica próxima aos hospitais de Brasília
O governo federal decidiu que, assim que chegarem ao país, os brasileiros retirados da China serão isolados em uma base militar na cidade de Anápolis, localizada a 60 km da capital Goiânia. O local foi confirmado após vistoria realizada nesta terça-feira 3 por uma equipe técnica formada por membros do Ministério da Saúde, do Ministério da Defesa e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A decisão por Anápolis se deu por conta do tamanho da base da Força Aérea Brasileira, apropriada para acomodar os 29 brasileiros que aceitaram ser retirados da região de Wuhan, e pela proximidade com um aeroporto de pouca movimentação e com os hospitais de Brasília-DF, que fica a cerca de 200 km da cidade.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os brasileiros ficarão isolados na base militar por 18 dias, quatro dias a mais do que o período recomendado. Eles também não ficarão internados e serão tratados como hóspedes da base aérea, uma vez que não são considerados casos suspeitos. A expectativa do governo é que os brasileiros desembarquem em Anápolis na madrugada de sábado 8.
Falei hoje pela manhã com o General Fernando (Defesa) e com o presidente @JairBolsonaro. A decisão está tomada por eles: Base Aérea de Anápolis terá posto de quarentena para brasileiros vindos da China. Nossa reunião com o Governo Federal será amanhã para discutir mais detalhes.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 4, 2020
É bom frisar que moradores de Anápolis não estarão em risco. Ninguém terá contato com essas pessoas em quarentena. A Base Aérea de Anápolis foi escolhida pela proximidade com o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, responsável pelo tratamento, se alguém manifestar a doença.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 4, 2020
Não está sendo colocado em risco a vida de ninguém. Foi cumprida uma exigência de um País perante o seu povo, onde o Brasil não tinha direito de negar acolhimento aos seus cidadãos. Eu que sou médico, por exemplo, nunca neguei tratamento e acolhimento a um cidadão que precisasse.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 4, 2020
É importante que seja frisado que transmissão do vírus não se dá pelo ar, se dá por gotículas, em contato direto com um paciente. Então a capacidade de progredir essa doença, desde que se tenha um sistema de quarentena eficaz, é zero.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 4, 2020
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.