Saúde

Butantan culpa Anvisa por atraso na produção da Coronavac

Diretor do instituto afirma que demora em liberar a importação da matéria-prima compromete cronograma para o imunizante

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP 'Cada dia que aguardamos é um dia a menos de vacina', disse Dimas Covas. Créditos: (Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP)
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a cobrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove a importação da matéria-prima que dará início à produção local da vacina chinesa Coronavac, feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo Covas, a demora atrasa o cronograma de fabricação do imunizante.

“Nossa previsão era para iniciar a [produção da] vacina do Butantan na segunda quinzena de outubro. Foi solicitado para a Anvisa em 23 de setembro a autorização para importação da matéria-prima da China. Ainda não saiu. Esse atraso pode ter efeito na produção da vacina. Cada dia que aguardamos é um dia a menos de vacina”, disse o diretor em entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta-feira 28.

Na sexta-feira 23, a Anvisa deu um prazo de cinco dias úteis para decidir a liberação da importação de insumos.

‘O Butantan tem trabalhado com senso de urgência do momento, desde o início quando começamos o processo de vacina. Cada dia conta”, afirmou. “Temos urgência do momento e esperamos que a Anvisa se pronuncie autorizando que essa matéria-prima seja liberada. A nossa fábrica está pronta e só aguardamos essa liberação”, completou o diretor da instituição, que é ligada ao governo paulista.

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