Saúde

Coronavírus no Brasil: 7 casos suspeitos seguem monitorados

Mulheres são maioria entre os casos suspeitos observados atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde

Pessoas fazem fila em Hong Kong para comprar máscaras de proteção contra o coronavírus (Foto: Philip FONG / AFP)
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Na tarde desta segunda-feira 10, o Ministério da Saúde realizou uma nova coletiva de imprensa para atualizar os dados sobre o coronavírus no Brasil. Ao todo, o país conta com sete casos suspeitos, número que vem caindo desde a semana passada.

Atualmente, os pacientes monitorados estão em São Paulo (3), Rio de Janeiro (1), Minas Gerais (1), Paraná (1) e Rio Grande do Sul (1).  Desde o começo da crise no Brasil, já foram descartados 32 casos suspeitos em vários estados no país, que ainda não registrou casos confirmados.

Desta vez, o Ministério da Saúde também apresentou um breve perfil dos sete pacientes atualmente em observação com suspeita de coronavírus: a maioria é mulher (57%), as idades variam de 3 a 60 anos, e todos viajaram para a China, mas nenhum esteve em Wuhan, epicentro da epidemia na China.

Também nesta segunda 10, o presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória (MP) que libera crédito extraordinário ao Ministério da Defesa no valor de 11,2 milhões de reais, a fim de enfrentar “emergência de saúde pública de importância internacional”. Segundo o governo, o valor foi redirecionado de uma “reserva de contingência” do orçamento.

Expectativa de declínio da epidemia

Apesar de ter registrado 909 mortos e mais de 40 mil contaminados até o momento, a China demorou quase duas semanas para aprovar os nomes da equipe da OMS que chegará nesta segunda-feira 10 ao país.

O time é liderado pelo epidemiologista canadense Bruce Aylward, conhecido por sua atuação no combate ao Ebola na África, e vai à China observar o impacto das medidas tomadas pelo governo, em particular a estratégia de confinamento das cidades para tentar conter a propagação do vírus.

Se as medidas funcionarem, o pico da epidemia poderá ocorrer antes do final do mês, diz o médico americano Ian Lipkin, um dos maiores especialistas na identificação de novos vírus.

“É uma crise sem precedentes, que tem um enorme impacto na vida das pessoas e na economia. Parte dos chineses retornará ao trabalho nesta semana e na próxima, e depois voltarão à escola. Considerando os 5-7 dias de incubação e se as medidas de quarentena funcionarem, podemos esperar um declínio da epidemia no final de fevereiro”, arrisca.

*Com informações da RFI

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