Fiocruz deve pedir até quarta-feira autorização para uso emergencial da vacina de Oxford

'A ideia é ter a autorização permanente o quanto antes', afirma o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da fundação, Marco Krieger

Foto: John Cairns/University of Oxford/AFP

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até a próxima quarta-feira 6, o registro para uso emergencial da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, em parceria com a AstraZeneca.

 

 

De acordo com o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, é possível acelerar o processo de liberação mediante o uso de dados de países que já autorizaram a aplicação do imunizante.

“Toda a documentação dos estudos clínicos já foi enviada à Anvisa. Quase toda a documentação que inclui os principais pontos de certificações da produção e dados de controle de qualidade. Agora faltam apenas os últimos dados de fabricação e isto finaliza a submissão”, declarou Krieger à CNN Brasil neste sábado 2.


Segundo ele, a corrida pelo registro definitivo da vacina prossegue. “Podemos adicionalmente pedir o uso emergencial, mas a ideia é ter a autorização permanente o quanto antes”, completou.

A Fiocruz projeta a entrega dos documentos finais para o registro definitivo da vacina até o próximo dia 15, mas, segundo Krieger, o envio pode ser feito antes dessa data.

No último dia 30, a Agência Reguladora de Medicamentos do Reino Unido aprovou o uso emergencial da vacina de Oxford. A autorização recomenda a aplicação de duas doses com intervalo de quatro a doze semanas.

No Brasil, o acordo fechado pela Fiocruz prevê a produção de mais de 100 milhões de doses do imunizante no primeiro semestre deste ano. No segundo semestre, com produção 100% nacional, mais 110 milhões de doses devem chegar ao Ministério da Saúde.

 

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