A Fundação Oswaldo Cruz informou nesta quinta-feira 4 que as chamadas “variantes de preocupação” do novo coronavírus se espalham rapidamente pelo Brasil. Em seis dos oito estados avaliados, elas já são responsáveis pela maioria dos casos de Covid-19.
Os mais elevados índices de prevalência foram registrados no Ceará (71,1%) e no Paraná (70,4%). Na sequência, aparecem Santa Catarina (63,7%), Rio de Janeiro (62,7%), Rio Grande do Sul (62,5%) e Pernambuco (50,8%). Apenas em Alagoas (42,6%) e em Minas Gerais (30,3%) não houve domínio das variantes de preocupação.
O monitoramento foi realizado por meio do novo protocolo de testes RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazônia. Foram avaliadas cerca de mil amostras, a partir das quais a fundação detectou a mutação comum em três das variantes de preocupação: P1, identificada inicialmente no Amazonas, B.1.1.7, no Reino Unido, e B.1.351, na África do Sul. Essas são potencialmente mais transmissíveis.
No comunicado, a Fiocruz ressalta a urgência da adoção de medidas para reduzir a velocidade da propagação do novo coronavírus, incluindo ações mais rigorosas para restringir a circulação e as atividades não essenciais. A fundação também reforça a necessidade de acelerar a vacinação, o que diminuiria o risco de surgirem novas variantes.
Também nesta quarta, o Observatório Covid-19 Fiocruz divulgou um mapa que mostra a evolução da ocupação de leitos de UTI dedicados a pacientes adultos infectados pelo novo coronavírus. O monitoramento teve início em 17 de julho do ano passado.
As taxas de ocupação são classificadas na zona de alerta crítica, representada pela cor vermelha, quando são iguais ou superiores a 80%. A zona de alerta intermediária, em amarelo, refere-se a taxas entre 60% e 79%. Quando o índice está abaixo de 60%, é considerado fora da zona de alerta e aparece com a cor verde.
“Como podemos observar na sequência de 17 mapas abaixo, mesmo no período entre a segunda metade de julho e o mês de agosto, quando foram registrados os maiores números de casos e óbitos, não tivemos um cenário como o atual, com a maioria dos estados e Distrito Federal na zona de alerta crítica”, conclui a Fiocruz.
Veja o mapa:
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