O mundo nunca esteve tão perto de acabar com a pandemia, diz OMS

'Ainda não terminou, mas seu final está ao alcance das mãos', declarou Tedros Adhanom

Tedros Adhanom Ghebreyesus Foto: Fabrice COFFRINI / AFP

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O mundo nunca esteve tão perto de acabar com a pandemia da Covid-19, que matou milhões de pessoas desde o final de 2019, afirmou nesta quarta-feira 14 o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Na semana passada, o número de mortes semanais por Covid-19 caiu para seu nível mais baixo desde março de 2020. Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não terminou, mas seu final está ao alcance das mãos”, declarou Tedros em coletiva de imprensa. “Alguém que corre uma maratona não para quando vê a linha de chegada. Corre mais depressa, com toda a energia que restar. E nós, também.”

Segundo ele, “todos podemos ver a linha de chegada, estamos prestes a vencer” e esta “seria realmente a pior hora para deixar de correr”.

“Se não aproveitarmos esta oportunidade, corremos risco de ter mais variantes, mais mortos, mais problemas e incertezas.”

Segundo o último boletim epidemiológico publicado pela OMS, o número de casos caiu 28% na semana de 5 a 11 de setembro na comparação com a semana anterior. As mortes diminuíram 22%.

O número de infecções é, sem dúvida, muito maior, devido aos casos leves não declarados. Além disso, muitos países desmobilizaram suas estruturas para realizar exames de detecção.


Em 4 de setembro, a OMS contabilizou mais de 600 milhões de casos oficialmente confirmados – um número que se presume muito inferior ao real, assim como o número oficial de óbitos: 6,4 milhões no mundo.

Um estudo do organismo, realizado com base em projeções e avaliações publicadas em maio, sugere que poderia haver entre 13 e 17 milhões de mortes por Covid a mais do que as registradas de forma oficial até o final de 2021.

A OMS publicou seis guias para ajudar os Estados a superar essa crise de saúde mais rapidamente. Entre as mensagens repetidas pela organização após dois anos e com a chegada das vacinas, estão: vacinar 100% das pessoas vulneráveis e profissionais da saúde, continuar testando a população e manter programas que permitam rastrear novas variantes potencialmente perigosas.

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