Mundo

OMS: fim do confinamento antes da hora pode causar “retorno mortal” da covid-19

Refluxo da pandemia pode ser tão perigoso quanto a sua propagação, disse diretor da entidade

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedrus Ghebreyesus. Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

O fim precipitado das restrições de confinamento impostas contra a pandemia de Covid-19 poderia levar a um “retorno mortal” do novo coronavírus, alertou na sexta-feira 10 a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Sei que alguns países já estão preparando a transição para abandonar as restrições de confinamento. Como todo o mundo, a OMS quer que as restrições sejam levantadas. Ao mesmo tempo, suspender as restrições muito rapidamente pode levar a um rebote mortal”, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa virtual em Genebra.

“O refluxo [da pandemia] pode ser tão perigoso quanto a sua propagação, se não for administrado adequadamente”, acrescentou ele, da sede da agência da ONU.

 

A OMS consulta os países afetados para desenvolver estratégias para elevar progressivamente e com segurança as medidas de contenção.

Para isso, seis condições devem ser atendidas: controlar a transmissão do vírus, garantir a disponibilidade de assistência e saúde pública, minimizar o risco em ambientes expostos, como unidades de saúde permanentes; implementar medidas preventivas no trabalho, em escolas e outros locais de alta frequência; controlar o risco de casos importados e, finalmente, responsabilizar a população.

“Cada indivíduo tem um papel a desempenhar na superação da pandemia”, insistiu Tedros.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo