Política
OMS pede que o Brasil tenha transparência nos dados sobre a pandemia
Diretor de emergências disse que é necessário poder contar com as informações dos parceiros brasileiros
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou a atenção do Brasil em relação à necessidade de assegurar a transparência nas informações sobre a pandemia do novo coronavírus. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira 8, o diretor de emergências da entidade, Michael Ryan, afirmou que é preciso poder contar com os parceiros brasileiros para fornecer dados “consistentes”.
A declaração ocorre depois que o governo do presidente Jair Bolsonaro mudou a comunicação oficial dos dados sobre a pandemia. No domingo 7, o balanço atualizado do Ministério da Saúde apresentou números divergentes.
“É muito importante que as mensagens sobre transparência e divulgação de informações sejam consistentes, e que nós possamos contar com os nossos parceiros no Brasil para fornecer essa informação para nós, mas, mais importante, aos seus cidadãos. Eles precisam saber o que está acontecendo”, afirmou Ryan.
No entanto, uma declaração de Bolsonaro reforçou a suposição de que o governo tenta retardar a divulgação dos dados para driblar o horário dos telejornais. Na semana passada, o presidente afirmou que “acabou matéria no Jornal Nacional”, quando o Ministério da Saúde passou a atualizar o balanço apenas às 22h, e não mais às 19h.
Durante a pandemia, o governo gastou pelo menos 10 milhões de reais para divulgar “imagem positiva” no Brasil e no exterior. A campanha envolve filmes e publicidade em jornais, rádios, televisão, cinema, na internet e em outdoors. Parte dos contratos firmados foram voltados para duas campanhas de promoção favorável da imagem do governo: a “Agenda Positiva” e a “Brasil no Exterior”.
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