Pazuello estima 24,5 milhões de doses de vacina da Covid-19 em janeiro

Em nota, Saúde contrariou afirmação do ministro e afirmou que não estabeleceu qualquer data para o início da imunização

FOTO: NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estimou, nesta quinta-feira 17, que o País deverá contar com ao menos 24,5 milhões de doses de vacinas para começar a campanha de imunização contra a Covid-19.

Apesar de o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ter afirmado na quarta-feira 16 que o ministro tinha mencionado o dia 21 de janeiro como o início da vacinação, Pazuello não cravou uma data precisa e declarou que “pode ser 18, 19 de janeiro”.

“Temos três grandes laboratórios que têm números claros para nós: Astrazeneca com Fiocruz, Butantan e a Pfizer. Se aprofundarmos esses números, estamos falando 500 mil doses da Pfizer em janeiro, 9 milhões do Butantan em janeiro e 15 milhões da Astrazeneca em janeiro”, declarou o general em uma sessão no Senado Federal.

Na quarta, o governo apresentou o plano nacional de imunização para a Covid-19, mas não chegou a apresentar qualquer data, devido a incertezas sobre quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá autorizar o primeiro imunizante do Brasil.

Pazuello chegou a questionar “a ansiedade” e “angústia” relativas ao início da vacinação no Brasil.

 


Calendário

Até o momento, nenhuma farmacêutica ou instituto de pesquisa pediu registro de vacina, apesar de os resultados finais da fase 3 de testagem de alguns fármacos já estarem sob análise da agência, conforme mostra a tabela abaixo.

 

(Foto: Anvisa)

 

Em nota, o Ministério da Saúde contrariou as declarações do ministro ao afirmar que “não estabeleceu qualquer data para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil”.

“Memorandos de intenção de compras já foram devidamente firmados pela pasta com uma série de laboratórios, conforme divulgado. Para que possa ser estabelecido um cronograma, entretanto, é necessário ter uma ou mais vacinas aprovadas e registradas pela ANVISA, o que garantirá segurança aos brasileiros. Atingida essa etapa, as informações relativas aos processos de compra e distribuição serão divulgadas.”, diz a pasta.

 

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