O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aventou nesta quarta-feira 9 a possibilidade de iniciar a campanha emergencial de vacinação contra a Covid-19 em dezembro ou janeiro, a depender de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, em hipótese, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer. O ‘se’ é porque o contrato está sendo fechado. Desculpa o gerúndio. Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro”, afirmou Pazuello em entrevista à CNN Brasil.
“Isso em doses pequenas, em quantidade pequenas, que são de uso emergencial. Isso pode acontecer com a Pfizer, pode acontecer com o Butantan, com a AstraZeneca, mas isso aí é foro íntimo da desenvolvedora. Não é uma campanha de vacinação”, completou.
Um dia depois de discutir com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre a Coronavac – vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan -, o ministro da Saúde também afirmou que, se o imunizante obtiver aval da Anvisa, será utilizado. “A vacina que estiver registrada na Anvisa e garantida sua eficácia e segurança será comprada e distribuída para todos os brasileiros”, assegurou.
Na véspera, Pazuello foi criticado após afirmar, em reunião com governadores, que a Anvisa deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer imunizante. Horas depois, o ex-diretor-presidente da agência William Dib classificou como “excessivo” o prazo apresentado por Pazuello.
“É excessivo esse prazo, e contraria o decreto presidencial de que a questão Covid é prioritária. Não pode nenhum processo passar na frente. [Estimar] 60 dias é temeroso”, disse Dib à Folha de S.Paulo.
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