Prefeitura do Rio de Janeiro confirma 6 mortes por covid-19 em comunidades

Antes, a secretaria estadual de Saúde havia divulgado óbitos que depois foram corrigidos

A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

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A Prefeitura  do Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira 8, pelo menos 6 mortes por coronavírus em comunidades cariocas. Mais cedo, a secretaria estadual de Saúde havia divulgado a ocorrência de 8 mortes na Rocinha e em Manguinhos, mas a pasta assumiu que errou e desmentiu a informação.

Agora, a Prefeitura informa que a covid-19 causou 2 óbitos na favela da Rocinha, na zona sul, 2 óbitos em Vigário Geral, 1 óbito em Manguinhos e 1 óbito na Maré, as três localidades na zona norte.

Ao todo, a cidade do Rio de Janeiro registrou 73 falecimentos pelo novo coronavírus e 1.449 infecções. A taxa de letalidade, de acordo com a Prefeitura, é de 5%. No estado, são 1.938 casos e 106 óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

A região sudeste do Brasil segue liderando o número de casos, com 9.487 casos e 554 óbitos. As maiores expressões continuam em São Paulo, que acumula 6.708 casos, e 428 mortes.

 

A proliferação do vírus nesses locais causa preocupação pela precariedade nas moradias, a falta de saneamento básico e a alta aglomeração de pessoas.


Um levantamento realizado pelo DataFavela e pelo Instituto Locomotiva, entre os dias 4 e 5 de abril, mostrou a falta de água, de comida e de acesso a suprimentos entre moradores desses locais. Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados afirmaram que só conseguiriam ter mantimentos para a casa por mais uma semana. Depois disso, seria necessário buscar ajuda ou encontrar formas de trabalho. Foram realizadas 1.808 entrevistas em 269 favelas.

Frente a isso, campanhas recolhem doações para destinar itens de prevenção a essas regiões. No Twitter, o jornal Voz das Comunidades divulgou uma iniciativa de arrecadação para obter água, álcool em gel e sabonetes.

 

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