Unicef alerta sobre queda ‘alarmante’ de vacinação em crianças na América Latina

'Em apenas cinco anos, o calendário completo de vacinação de difteria, tétano e coqueluche caíram de 90% em 2014 para 76% em 2020', apontou a instituição em um comunicado

Créditos: EBC

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Uma em cada quatro crianças da América Latina e Caribe não tem o calendário completo de vacinação, o que as torna vulneráveis a doenças perigosas, em uma região com uma queda “alarmante” de menores vacinados, alertou o Unicef nesta segunda-feira 25

“Em apenas cinco anos, o calendário completo de vacinação de difteria, tétano e coqueluche caíram de 90% em 2014 para 76% em 2020”, apontou o Unicef em um comunicado.

Isto significa, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, que “uma em cada quatro crianças” na América Latina não receberam o esquema completo de vacinação de rotina que as protegeria de “diversas enfermidades”.

“A queda das taxas de vacinação na região é alarmante”, alertou Jean Gough, diretora regional do Unicef para América Latina e Caribe, com sede no Panamá.

A situação “deixa milhões de meninos, meninas e adolescentes expostos a doenças graves, ou até mesmo à morte, quando poderia ser evitado”, acrescentou.

Segundo o Unicef, a queda da cobertura em 14 pontos percentuais nos últimos cinco anos afeta quase 2,5 milhões de crianças, que não receberam as três doses da vacina contra a difteria, tétano e coqueluche.


Destes, 1,5 milhão não receberam nem mesmo a primeira dose dessa vacina.

A diminuição da cobertura de vacinação já havia começado antes da pandemia da Covid-19. No entanto, a situação se agravou com a suspensão de serviços básicos de saúde devido ao coronavírus e o medo de se contagiar ao procurar um centro médico, garantiu a Unicef.

 

 

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