Anunciado como ministro da Justiça e da Segurança Pública pelo presidente Lula (PT) nesta quinta-feira 11, o jurista Ricardo Lewandowski já é alvo das primeiras reivindicações de servidores da Polícia Federal. A posse do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal está marcada para 1º de fevereiro.
Uma das entidades que representam a categoria, o Sindicato dos Policiais Federais do Estado de São Paulo sugeriu ao novo ministro “o enfrentamento de assédios e discriminações dentro da PF, bem como a correção de injustiças, distorções e desigualdades históricas que afetam os policiais federais”.
O comunicado, assinado pela presidente do SindPF, Susanna do Val Moore, não chega a detalhar eventuais casos de assédio na corporação.
Outro ponto mencionado no texto é a valorização salarial dos servidores. No ano passado, entidades que representam peritos, delegados e agentes expuseram incômodo com o que chamaram de “letargia” do governo Lula na discussão do tema.
Em dezembro, a gestão petista firmou um acordo para reajustar os vencimentos. A negociação envolveu parcelar o aumento – a primeira parcela será paga aos policiais em agosto de 2024, a segunda será quitada em maio de 2025 e a última um ano depois, em maio de 2026.
“Reforçamos a necessidade da aprovação de uma real reestruturação da PF, com valorização de todos os cargos da carreira policial e servidores do Plano Especial de Cargos, dentro de critérios mais igualitários e justos, sem discriminação, por um órgão mais moderno, mais eficiente e democrático”, acrescenta o texto do sindicato.
No documento, contudo, a entidade parabeniza Lewandowski e diz esperar que sua atuação busque “fortalecer as atividades de combate ao crime organizado, proteção das fronteiras, combate ao tráfico de drogas, prevenção e repressão ao terrorismo”.
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