Sociedade
Bispos da Amazônia lamentam ser “criminalizados como inimigos da pátria”
Sínodo que irá discutir ‘os novos caminhos da Igreja’ na região amazônica será realizado em outubro
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2014/10/igreja-catolica.jpg)
Representantes da Igreja Católica envolvidos na celebração do Sínodo da Amazônia lamentaram numa carta, divulgada na sexta-feira 30, por serem “criminalizados como inimigos da pátria” e exigiram “medidas urgentes” para a defesa da região amazônica.
Bispos, padres e religiosos se reuniram entre 28 e 30 de agosto em Belém, no norte do Brasil, como parte dos preparativos para o Sínodo que celebra sua fase final em outubro em Roma e é dedicado nesta ocasião discutir os “novos caminhos da Igreja” na região amazônica, que inclui nove países.
“Lamentamos imensamente que hoje, em vez de serem apoiadas e incentivadas, nossas lideranças são criminalizadas como inimigos da Pátria”, indica o texto.
Os religiosos disseram defender “de maneira intransigente” a Amazônia e exigiram “medidas urgentes dos governos contra agressões violentas e irracionais contra a natureza, destruição inescrupulosa da floresta que mata a flora e a fauna antigas com incêndios provocados criminalmente”.
O Sínodo é uma assembleia de bispos convocada pelo Papa, é realizada em Roma e aborda uma questão por ocasião. A escolha da Amazônia para este ano gerou “resistência e conceitos errôneos”, disse o cardeal brasileiro Claudio Hummes em uma entrevista na Itália em maio.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.