Relatório da Organização Internacional do Trabalho divulgado nesta segunda-feira 17 projeta que o Brasil fechará 2022, o último ano previsto para o governo de Jair Bolsonaro, com 14 milhões de desempregados. O monitoramento também estima que o País só recuperará o índice de desemprego pré-pandemia no ano que vem ou em 2024.
No fim de 2019, segundo a OIT, o Brasil tinha 12,5 milhões de desempregados. O número subiu para 13,2 milhões em 2020 e para 14,3 milhões no ano passado. Para 2023, a Organização estima que o desemprego alcançará 13,6 milhões no País.
O relatório também demonstra o aumento nas taxas de informalidade do mercado de trabalho na América Latina e no Caribe – Brasil incluso. A OIT assinala que “a transição para o emprego formal em muitas economias da região foi interrompida antes da pandemia”.
“De 2015 até o início da a pandemia, a mudança do trabalho informal para o trabalho formal foi revertida (em Argentina, Brasil, Equador, Panamá), parou (no Uruguai) ou desacelerou (em Colômbia e México)”, diz o documento.
Desde meados de 2020, a informalidade responde por mais de 70% dos empregos criados em diversas nações latino-americanas, como Argentina, México e Peru, e por mais da metade em países como Chile e Costa Rica.
A OIT ainda pontua o avanço dos índices de empregos temporários no Brasil, que saltaram de 22% no 2º trimestre de 2020 para 37% no 1º trimestre de 2021.
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