Sociedade
Conselho de Medicina do RJ suspende provisoriamente anestesista que estuprou grávida
Giovanni Quintella Bezerra está preso desde segunda-feira após ser filmado por enfermeiras que suspeitaram da atitude do médico
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro aprovou, na terça-feira 12, a suspensão provisória do registro do médico Giovanni Quintella Bezerra. O anestesista foi preso na segunda-feira após ser filmado por enfermeiras enquanto estuprava uma parturiente durante uma cesariana.
A suspensão provisória foi aprovada por conselheiros do órgão, que ainda avaliarão se o profissional deverá perder definitivamente o registro, ficando impedido de exercer medicina no estado fluminense.
“Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige”, cita trecho da nota disponibilizada pela Cremerj.
Ainda na terça-feira, a Justiça carioca manteve a prisão do anestesista, que agora é investigado por pelo menos cinco casos de estupro, segundo a delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João do Meriti.
“São três casos do dia 10 de julho, mais três que nós ouvimos hoje (terça-feira), de pessoas que nos procuraram – uma até de outro hospital. Contando com o que resultou no flagrante, são seis que investigamos”, disse a delegada.
Bárbara acredita haver indícios de que o anestesista tenha feito pelo menos outras duas vítimas no mesmo domingo 10. Todos os casos teriam ocorrido no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense.
“Os do dia 10, lá do hospital de São João (de Meriti), os indícios são mais fortes, porque há todo o relato da equipe de enfermagem, há o vídeo que foi gravado no mesmo dia, na terceira cirurgia. Então, em relação a esses dois fatos (adicionais), os indícios são mais fortes”, declarou Bárbara.
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