O governo do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira 9 que o Consórcio Maracanã S.A, formado pelas empresas Odebrecht (com 90% de participação), AEG e IMX (com 5% cada), a última do bilionário Eike Batista, vai administrar por 35 anos o Complexo do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.
A escolha foi feita após a análise da documentação de habilitação do consórcio vencedor, na terceira fase da licitação. O concorrente, o Consórcio Complexo Esportivo Cultural do Rio de Janeiro – formado pela OAS, Largadère Unlimited e Stadion Amsterdam – que também estava na disputa, decidiu não entrar com recurso.
Uma ata será redigida e encaminhada com toda a documentação para análise do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, que deverá homologar a decisão. O resultado final será publicado no Diário Oficial do Estado. Os documentos deverão de ser encaminhados até a manhã da sexta-feira 11.
O Consórcio Maracanã S.A ofereceu 181,5 milhões de reais pela gestão do complexo, a serem pagos em 33 parcelas de 5,5 milhões de reais cada uma. O valor foi 26,4 milhões maior que o oferecido pelo concorrente, cuja proposta anual era de pouco menos de 5 milhões de reais. O consórcio vencedor terá de arcar com uma reforma avaliada em cerca de 600 milhões, a ser realizada nos entornos do Maracanã.
O custo total do estádio, uma obra realizada na íntegra com dinheiro público, vai passar de um bilhão de reais. O valor anterior, de cerca de 850 milhões de reais, foi aumentado após a publicação, pelo governo do Rio, de um aditivo de 200 milhões de reais. De acordo com o governo estadual, “obstáculos imprevisíveis” fizeram o valor da construção do estádio aumentar. A empresa que cuida da reforma do Maracanã também é a Odebrecht, que vai administrar o estádio com suas parceiras.
Com informações da Agência Brasil