Sociedade

Covid-19: São Paulo reduz horário de bares e aumenta o de shoppings

Restaurantes podem funcionar até as 22h, mas devem interromper venda de bebidas alcoólicas às 20h, conforme anúncio da gestão de João Doria

Foto: Nelson Almeida/AFP
Apoie Siga-nos no

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira 11 novas medidas restritivas para tentar conter a aceleração da Covid-19 no estado. As mudanças entram em vigor neste sábado 12.

Neste momento, todo o estado está na chamada “fase amarela” do Plano São Paulo, que permitia, por exemplo, o funcionamento de bares e restaurantes até as 22h.

“Bares a partir de agora podem funcionar até as 20h, atendendo ainda a obrigatoriedade dos demais protocolos sanitários: aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, distanciamento mínimo entre as mesas, manter a capacidade de 40%”, divulgou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19.

Já os restaurantes poderão funcionar até as 22h, mantendo todas as obrigatoriedades aplicadas aos bares, mas deverão interromper a venda de bebidas alcoólicas às 20h.

Os shoppings e o comércio, que de acordo com a fase amarela poderiam funcionar pelo período de dez horas, receberam autorização para operar por doze horas, a fim de supostamente evitar aglomerações de clientes às vésperas do Natal.

“Foi uma decisão técnica entre saúde e comércio para que possamos atender a necessidade de maior espaçamento entre as pessoas, evitar aglomerações, para que todos possam ter suas necessidades agora do fim do ano atendidas, mas com responsabilidade, com segurança. Então o que está permitido é a manutenção do horário de funcionamento até às 22h, mas com o limite de até doze horas de funcionamento e 40% de ocupação”, informou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Na quinta-feira 11, o coordenador do Centro de Contingencia Covid-19, José Medina, alertou que o risco de contágio está maior em dezembro do que no primeiro pico da pandemia, em julho. “Do ponto de vista médico, cada um de nós tem observado um número crescente de pessoas com Covid ao seu redor. Então, a chance de contágio é muito maior do que quando teve o primeiro pico”, afirmou.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo