A defesa do agente penal federal Jorge José Guaranho, investigado por assassinar um tesoureiro local do PT a tiros no sábado 9, em Foz do Iguaçu, no Paraná, entrou com um pedido para que ele cumpra prisão domiciliar. O pedido ainda não foi julgado.
O requerimento foi feito nesta segunda-feira 11, depois que o juiz Ariel Nicolai Cesa Dias, do Plantão Judiciário de Foz do Iguaçu, no Paraná, decretou sua prisão preventiva.
“A defesa requer a concessão da prisão domiciliar, assim que receber a alta hospitalar, de acordo com o que dispõe o artigo 318, II do Código de Processo Penal, visto que seu estado de saúde é delicado e desprende atenção especial, sem se esquivar de dar sua versão no presente processo que se inicia”, argumentou a advogada Andrezza Dolatto Inacio.
Guaranho está internado em estado grave, sedado e intubado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.
De acordo com o boletim médico, ele sofreu traumatismo craniano. Além dos ferimentos causados por três disparos de arma de fogo, Guaranho foi atingido por chutes na cabeça por pelo menos duas pessoas, conforme imagens de câmeras de segurança. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, essas pessoas deverão ser identificadas e responderão pela agressão.
Até a manhã desta segunda-feira, 11, o homem estava na enfermaria, aguardando vaga na UTI do hospital. Ele está sob custódia policial. A Polícia Civil do Paraná chegou a declarar que Guaranho também havia morrido, mas a informação foi corrigida na noite do domingo 10.
Guaranho teria atirado contra o guarda municipal Marcelo Arruda por divergências políticas. No momento dos disparos, Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos junto de sua família. O tema da festa era o ex-presidente Lula e o PT. Segundo testemunhas, Guaranho chegou ao local ouvindo música a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e gritando “mito”. Após uma discussão, ele voltou ao local e disparou contra Arruda, que se defendeu e disparou de volta.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login