A maior companhia aérea brasileira irá suspender os voos internacionais até o mês de junho. O anúncio foi feito pela GOL Linhas Aéreas nesta terça-feira 17 e acompanha a escalada da crise provocada pelo novo coronavírus no Brasil e no mundo, que, em território nacional, também afetou em cheio as ações de outras empresas de aviação.
A medida irá incluir voos a partir do dia 23 de março, segunda-feira que vem, e deve durar até o dia 30 de junho, informou a empresa em nota. Além disso, o cenário doméstico também sofrerá redução de frota, com um corte de 50% a 60% em sua malha aérea. “No total, entre operações nacionais e internacionais, a Companhia espera diminuir entre 60% e 70% suas operações até meados de junho.”, diz o comunicado.
No anúncio, são listados voos do Brasil a países da América Latina, da América Central e aos Estados Unidos.
A empresa não é a primeira a anunciar mudanças. A Azul Linhas Aéreas também já suspendeu seus voos internacionais – exceto aqueles que saem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) – e uma redução de operação que pode chegar a 50% em abril. A Latam também quase paralisou as viagens internacionais ao anunciar um corte de 90% nesses voos e de 40% dos domésticos.
No mercado de ações, as maiores quedas registradas vem sendo frequentemente atreladas às companhias aéreas. Na tarde desta terça-feira 17, a ação da Smiles – o programa de pontos das Gol – apresentava queda de 7,13%, enquanto a Azul caía com uma taxa de 3,72%.
E para os passageiros?
No caso da GOL, a empresa divulgou que o cliente prejudicado poderá manter o valor da passagem cancelada em “créditos” para voos futuros. Caso deseje remarcar, a taxa prevista não será cobrada. Para quem optar por um reembolso, a empresa informa que não haverá taxa de cancelamento, mas a taxa de reembolso pode ser cobrada a depender do tipo de passagem adquirida.
Já a Azul publicou regras específicas para quem tem interesse em remarcar o voo em seu site, e também conta com políticas de “créditos futuros” ou reembolso sem taxas de cancelamento. A Latam também seguiu o mesmo caminho das concorrentes.
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