Governadora diz que transferência de Marcola para o DF ‘não agrada’

Celina Leão declarou que o sistema prisional do Distrito Federal está 'em um momento delicado'

Penitenciária federal de segurança máxima de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), questionou nesta quinta-feira 26 a decisão do governo Lula (PT) de transferir Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para a penitenciária federal de Brasília.

Marcola é apontado como um dos principais líderes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Leão afirmou, em entrevista à GloboNews, que o sistema prisional do DF está “em um momento delicado” e defendeu manter um diálogo com o Ministério da Justiça “sobre a necessidade dessa transferência”.

“O governo do Distrito Federal recebe com muita apreensão, mas entendendo também que precisa neste momento receber Marcola. É um momento de muita dificuldade”, declarou a governadora.

Ela ainda se mostrou favorável a reduzir o tempo de permanência de Marcola no DF e disse que a notícia sobre a transferência “não agrada”. Ponderou, no entanto, que a decisão não cabe ao governo distrital.

Marcola foi transferido na quarta-feira 25 da penitenciária federal de Porto Velho para a penitenciária federal de Brasília. A operação foi coordenada pela Secretaria de Políticas Penais do Ministério da Justiça e foi realizada durante a tarde, sob forte esquema de segurança. O motivo da mudança de prisão, segundo o ministro Flávio Dino, seria a existência de um suposto plano de fuga de Marcola.


“A transferência foi feita de um presídio federal para outro, exatamente visando prevenir um suposto plano de fuga ou resgate desse preso. Portanto, essa operação se fez necessária para garantir a segurança da sociedade”, afirmou Dino em uma entrevista a veículos da Empresa Brasil de Comunicação.

O líder do PCC já havia passado pela penitenciária federal de Porto Velho, em 2019. Marcola acumula condenações que somam mais de 300 anos.

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