Saúde

Maioria da população defende isolamento social contra covid-19

Pesquisa feita pela XP Investimentos revela que a população apoia a conduta do ministro Mandetta e do Ministério da Saúde em meio à pandemia

Créditos: EBC
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A conduta do presidente Jair Bolsonaro de apoiar o isolamento vertical durante a pandemia do coronavírus não é aprovada pela maioria da população. Uma pesquisa feita pela XP Investimentos e divulgada nesta sexta-feira 03 revela que 80% dos entrevistados concordam que esta é a melhor forma de tentar evitar a contaminação pelo vírus.

Sobre a sugestão do presidente de limitar o isolamento aos idosos e vulneráveis, 60% discordam parcial ou totalmente, enquanto 34% concordam com parte ou com toda a declaração.

Ainda sobre o isolamento, a maioria dos entrevistados (72%) afirmou estar cumprindo a quarentena e saindo apenas para realizar atividades essenciais. 35% afirma estar trabalhando homeoffice, 31% afirma estar saindo para trabalhar e 17% diz ter trabalho, mas não estar ativo por conta do coronavírus. A maioria (28%) acredita que a quarentena deve durar mais de um mês.

O estudo foi feito com base em 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

87% dos entrevistados avalia positivamente a atuação dos profissionais de saúde no combate ao coronavírus. Entre agentes públicos, Luiz Mandetta e o Ministério da Saúde são os mais bem vistos pela população: 68% têm avaliação positiva e 7%, negativa. Para Paulo Guedes e Ministério da Economia, os números são 37% e 18%. A ação do Congresso é ótima ou boa para 30% e ruim ou péssima para 25%, e a de Bolsonaro, positiva para 29% e
negativa para 44%.

A pesquisa mostra que o índice de pessoas que têm muito medo do coronavírus cresceu de fevereiro a março, de 21% para 37%. 24% disseram não ter medo nenhum da Covid-19 e 38% um pouco de medo. A maior preocupação entre os entrevistados (49%) é de se contaminar ou saber que algum parente foi contaminado. 25% se preocupam com a questão econômica e 24% com ambas as situações.

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