Saúde

Mais Médicos prevê incorporar novamente cubanos ao programa

Profissionais da saúde que permaneceram no Brasil poderão atuar pelo SUS novamente. Governo vê dificuldade em preencher as vagas atuais

Cuba afirma que EUA pressionam Opas a investigar Programa Mais Médicos. Foto: Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Os médicos cubanos que permaneceram no País devem ser incorporados novamente ao programa Mais Médicos, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, um novo projeto seria apresentado ao presidente Jair Bolsonaro já em agosto.

A modificação viria por meio de uma medida provisória, e beneficiaria os cerca de 2000 cubanos que permaneceram no País depois do encerramento da parceria. O plano absorveria os profissionais de volta ao Sistema Único de Saúde (SUS) por até dois anos. Após o término deste prazo, seria requerida a revalidação do diploma.

Desde a saída dos cubanos das mais de 8 mil posições ao redor do Brasil, o governo vem tendo dificuldades em suprir os serviços de saúde – especialmente nas áreas mais isoladas, distantes dos centros urbanos.

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostrou que 1325 profissionais brasileiros, que haviam aderido ao programa, se desligaram do programa. Uma das justificativas comuns é a adesão de médicos a programas de residência em outras cidades – geralmente grandes.

O custo do Mais Médicos, no modelo original, é dividido entre governo federal e municipal. Enquanto este provê alimentação e moradia, o salário fica à cargo do Ministério da Saúde.

O governo de Cuba anunciou a saída dos profissionais do programa em novembro de 2018, após Bolsonaro ser eleito. Ao justificar a saída, o país caribenho disse que a equipe de transição pôs em questão a preparação dos médicos cubanos, condicionou a permanência deles à validação do diploma e colocou como única via a contratação individual.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo