Motorista da Porsche é transferido para o presídio de Tremembé

Fernando Sastre de Andrade Filho matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana em um acidente de trânsito em SP

Fernando Sastre de Andrade Filho conduzia o Porsche que colidiu contra o carro da vítima em São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

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Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista da Porsche que matou Ornaldo da Silva Viana em um acidente de trânsito em São Paulo, foi transferido, neste sábado 11, para a Penitenciária 2 de Tremembé. A informação é do site G1.

A transferência, informa a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ao site, ocorreu pouco depois da meia noite. Ele foi levado ao presídio conhecido por abrigar criminosos responsáveis por casos mais midiáticos, como o ex-jogador Robinho, preso após cometer um estupro na Itália.

Ainda de acordo com o site, Andrade Filho ficará isolado em uma cela. O procedimento é padrão para os recém-chegados a Tremembé. O processo deve durar 10 dias. Depois, o motorista da Porsche passará a ter contato com outros presos.

A transferência realizada neste sábado ocorre a pedido da defesa de Andrade Filho, que considera o local mais seguro. O pedido foi feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pouco depois da negativa a um habeas corpus. Na alagação dos advogados, o motorista da Porsche estaria recebendo ameaças de outros detentos em Guarulhos, onde estava preso até então.

Andrade Filho está detido preventivamente após causar a morte de Silva Viana. O carro do motorista de aplicativos foi atingido na traseira pelo veículo de luxo dirigido por Andrade Filho na zona leste de SP na madrugada do dia 31 de março. Uma perícia aponta que Andrade Filho estava a mais de 150 km/h na via, que tem limite máximo de 50 km/h. Há a suspeita de que ele tenha ingerido bebida alcóolica antes do acidente.

A suspeita citada está em investigação, já que não pôde ser comprovada no momento do acidente. Isso porque, os policiais que atenderam a ocorrência não fizeram o teste do bafômetro. Andrade Filho foi liberado na ocasião para, segundo sua mãe, ir a um hospital. Ele não deu entrada em nenhuma unidade de saúde e só tornou a se apresentar à polícia quase 48h depois do acidente fatal, quando não mais poderia ser constatado o consumo de bebidas.


A Corregedoria apura a conduta dos policiais.

Antes de ser detido, ele teve ao menos três pedidos de prisão negados pela Justiça. Depois, já com mandado em aberto, ficou foragido por dois dias.

Ele é oficialmente investigado pelos crimes de homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima, por ter deixado o seu próprio carona, Marcus Vinicius Machado Rocha, gravemente machucado no acidente.

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