CartaExpressa

Mulheres sem terra ocupam latifúndio em Goiás que era utilizado para exploração sexual e tráfico humano

Movimento cobra destinação da área, que pertenceu a grupo condenado por exploração sexual de mulheres, para a reforma agrária

Foto: MST - GO
Apoie Siga-nos no

Na madrugada deste sábado 25, mais de 600 famílias do movimento Sem Terra ocuparam a Fazenda São Lukas, no município de Hidrolândia, em Goiás. A área, que foi integrada a União desde 2016, pertencia a um grupo criminoso condenado pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres em Terra, que ocorre em todos os estados do Brasil durante o mês de março.

Além da denuncia contra à exploração sexual das mulheres e adolescentes, a ocupação também busca que a terra tenha uma destinação produtiva. “Exigimos que está área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater as violências”, destacou Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST.

De acordo com o relatório Violência contra Meninas e Mulheres, do  Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre os anos de 2019 e 2022 os casos de feminicídios cresceram 121,4% em Goiás.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo