Sociedade
Mulheres negras são maioria entre evangélicos, aponta Datafolha
Catolicismo ainda é predominante no país e vem seguido dos fiéis evangélicos, cuja influência das mulheres é crescente
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Marcha-para-Jesus-2019-Foto-Carolina-Antunes_PR.jpg)
O rosto predominante das igrejas evangélicas é o de uma mulher negra. É o que aponta a pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira 13, que avaliou o perfil religioso de brasileiros de todas as regiões. O catolicismo ainda figura no topo da lista de crenças, mas vem observando uma diminuição no número de fiéis ao longo do tempo.
A pesquisa foi feita nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019, com 2.948 pessoas em 176 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Cerca de 50% dos brasileiros são católicos, 31% evangélicos e 10% afirmam não terem religião. As demais porcentagens englobam a influência do espiritismo, opção de 3% dos entrevistados, e as crenças em religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, que figurou com 2% de praticantes.
Em relação a gênero e raça, a pesquisa demonstrou que 58% dos evangélicos são mulheres, entre as quais 43% se identificam como pardas e 16% como pretas. As brancas são 30%, segunda maior porcentagem, e as mulheres amarelas e indígenas aparecem com 3% e 2%, respectivamente.
Reduto importante do bolsonarismo, as igrejas neopentecostais – uma das ramificações dentro da doutrina protestante – possuem uma participação ainda maior das mulheres: elas são 69% do total dos fiéis. Entre os católicos, as mulheres representam 51% dos fiéis, enquanto os homens são 49%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.