Sociedade

Não há motivos para preocupação no consumo de carne bovina no Brasil, garante ministro

Carlos Fávaro, que comanda a Agricultura e Pecuária no País, disse que não há riscos de contaminação com ‘doença da vaca louca’ na carne que circula no mercado nacional

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que não existe risco de que a carne bovina consumida no Brasil esteja contaminada com o ‘mal da vaca louca’. A afirmação foi feita em entrevista ao canal de TV CNN Brasil na noite desta quarta-feira 22.

“Eu posso garantir, primeiro, à população brasileira que não se preocupe com relação ao consumo de carne bovina. Em hipótese alguma o risco pode estar”, garantiu Fávaro.

De acordo com o ministro, como o caso tem origem em uma propriedade pequena em Marabá, no Pará, em que nenhum outro animal foi abatido e levado ao mercado, não existem motivos para preocupação da população. De acordo com o governo federal, a doença foi registrada em um animal macho de 9 anos, criado em pasto. O animal foi abatido e sua carcaça foi incinerada no local. A propriedade mantém, segundo o ministro, cerca de 60 bois.

Nesta quarta, o Brasil suspendeu a exportação de carne bovina para a China após identificar o caso. A suspensão, diz o Ministério da Agricultura e Pecuária, faz parte do protocolo e pode ser revertida em breve. A pasta informa ainda que o diálogo com o gigante asiático foi intensificado “para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”.

Não há prazo para que o comércio seja retomado. Fávaro, porém, diz que sua expectativa é de que até o final de março o problema tenha sido solucionado. “Quero crer, mas aí é uma convicção minha, que antes da visita do presidente Lula à China, no final do mês de março, que ainda está para ser confirmada, nós tenhamos esse caso solucionado”, afirmou o ministro ao canal.

Mais cedo, o governo disse também ter comunicado o diagnóstico à Organização Mundial de Saúde Animal e enviado as amostras para o laboratório de referência da instituição em Alberta, no Canadá. O objetivo é confirmar se, como afirma o governo do Pará, o caso em questão é atípico, quando “surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”.

Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e em Mato Grosso. Na ocasião, os episódios também foram atípicos, mas a China suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano. Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados.

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