Esporte
Neymar recebe nova multa ambiental por obras em mansão de Mangaratiba
O jogador terá de pagar uma multa de valor não especificado. O montante será calculado após uma investigação completa, que deve terminar na semana que vem
A Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba (RJ) multou o atacante Neymar pela segunda vez neste sábado 24, depois de ele ignorar as ordens para interromper um projeto de construção não licenciado em sua mansão na cidade.
O astro da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain já havia recebido uma multa de pelo menos 5 milhões de reais, após as autoridades identificarem “várias violações ambientais” na quinta-feira em sua propriedade de luxo, onde trabalhadores estavam construindo um lago artificial e uma praia.
As autoridades isolaram o local e ordenaram que todas as atividades cessassem, mas jornalistas informaram que Neymar deu uma festa na mansão e mergulhou no lago.
A prefeitura de Mangaratiba informou que os fiscais ambientais voltaram neste sábado e encontraram “movimentações” na área, “o que caracteriza não só o rompimento do embargo, mas novas infrações ambientais”.
Afirmou ainda que Neymar terá de pagar uma multa adicional de valor não especificado. O montante será calculado após uma investigação completa, que deve terminar na semana que vem.
Os inspetores descobriram que o projeto desviava o curso de um rio, captava água do rio sem autorização e realizava extensas escavações, trabalhos de terraplanagem e aplicação de areia de praia, tudo sem as autorizações necessárias.
A assessoria de imprensa de Neymar no Brasil não respondeu aos pedidos de comentários feitos pela AFP.
Neymar, de 31 anos, está se recuperando de uma cirurgia no tornozelo direito, à qual foi submetido em Doha, em março. O atacante não joga desde fevereiro e surgiram dúvidas sobre sua permanência no PSG.
O camisa 10 comprou a mansão em Mangaratiba em 2016. Segundo reportagens, ela ocupa 10 mil metros quadrados de terreno e inclui heliporto, spa e academia.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.