Sociedade

‘O clima ainda é preocupante’, diz governadora do RN sobre ataques criminosos

O estado é alvo de ações violentas desde a madrugada da terça-feira 14

Uma loja de motos em Natal foi alvo de criminosos. Foto: Divulgação
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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), afirmou nesta quarta-feira 15 que o clima “ainda é preocupante”. O estado é alvo de ataques criminosos desde a madrugada da terça 14.

Para autoridades estaduais, os atos são uma retaliação do crime organizado a ações repressivas do governo, que resultaram em prisões nas últimas semanas. Outro motivo apontado é a situação nos presídios. Nesta quarta, familiares de detentos protestaram por melhores condições.

“O clima ainda é preocupante, merece toda a atenção, mas a atuação das nossas forças de segurança já têm trazido resultado, com uma redução de 60% nos ataques, comparando da segunda até esta quarta pela manhã”, disse Bezerra. “Tivemos cerca de 27 ataques no geral, só que desta terça para quarta houve uma redução, porque foram contabilizados até o momento 10 ataques hoje.”

Nesta tarde, dois veículos da Companhia Energética do Rio Grande do Norte foram incendiados na Grande Natal. Mais cedo, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana da capital informou que a frota de ônibus do transporte público voltou a ser recolhida às garagens, após novos ataques.

Quase 30 municípios do estado foram alvo de ataques criminosos desde as primeiras horas de terça-feira. Na madrugada desta quarta, 100 agentes da Força Nacional chegaram ao estado, autorizados pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

Nesta madrugada, um homem suspeito de comandar os ataques criminosos morreu em um confronto com a polícia em João Pessoa (PB). De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o homem, de 29 anos, estava foragido e foi localizado em uma casa no bairro de Paratibe.

Ainda conforme a polícia, ele atirou nos agentes e foi atingido. O suspeito foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos As investigações apontam que o homem foi responsável “por financiar e distribuir armas para o grupo que realizou os ataques”. A polícia encontrou uma pistola e um carro.

Segundo o mais recente balanço da Polícia Militar, 28 pessoas foram presas desde o início dos ataques.

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