Mulher negra, periférica, paraense. Feminista e cantora de tecno brega. Gaby Amarantos sabe que sua história conversa com diferentes perfis pelo Brasil, mas é sua raiz o que se manifesta mais diretamente ao público. “As pessoas às vezes me perguntam: que tipo de artista de você é? Não sei definir… eu sou artista. A artista que é da região Norte e que está servindo de plataforma para que outras mulheres também possam ter visibilidade, não só pra música, mas para o que elas desejam fazer.”
O sucesso de todo o trabalho – que, além da música, envolve também compor o time do programa Saia Justa, do canal GNT – faz com que Gaby ainda acredite na ação de pequenos grupos como grandes propulsores de diálogos, seja com mulheres do norte ou do sul. Reunidas para ler poesia ou fazer amarração de turbante, “cada gota dessas é o oceano”, diz.
Em entrevista a CartaCapital, citou Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Aos 40 anos, Gaby Amarantos se prepara para lançar dois novos clipes em abril e um álbum de estúdio com inéditas no segundo semestre, e promete levar o Brasil em mais uma onda de brega, carimbó e, acima de tudo, resistência.
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