Sociedade

Temporal em Petrópolis: número de mortes sobe para 94

‘Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária’, lamentou o governador Cláudio Castro

Foto: Carl de Souza/AFP
Apoie Siga-nos no

Subiu para 94 o número de mortos após a tempestade da última terça-feira 15 em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A atualização foi divulgada pela Defesa Civil, que calcula oito crianças entre as vítimas.

Pelo menos 54 casas foram destruídas e mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados.

Petrópolis recebeu em menos de seis horas um volume de chuva superior ao previsto para todo o mês de fevereiro, conforme a agência meteorológica Metsul.

O governador do Rio, Cláudio Castro, está na cidade. Na noite desta quarta, ele concedeu uma entrevista coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.

“Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, lamentou. “São 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. Mais de 180 moradores de áreas de risco estão sendo acolhidos.”

Fenômenos extremos

A Prefeitura de Petrópolis declarou “estado de calamidade” na noite de terça-feira para lidar com a emergência.

A meteorologista Estael Sias, em nota no site da MetSul, informou que a precipitação acumulada é incomum e garante que este desastre não é o primeiro nem será o último, dadas as condições climáticas, topográficas e de população da região.

O Brasil passou por episódios de chuvas intensas nos últimos três meses, principalmente nos estados da Bahia e Minas Gerais, que deixaram dezenas de mortos e causaram danos a centenas de municípios.

Os cientistas argumentam que, devido às mudanças climáticas, os eventos extremos se tornarão cada vez mais frequentes.

Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram na região serrana do estado do Rio devido às fortes chuvas, que causaram inundações e deslizamentos de terra em uma vasta área, incluindo Petrópolis e as cidades vizinhas Nova Friburgo, Itaipava e Teresópolis.

Petrópolis, estância de veraneio da antiga Corte Imperial brasileira, é uma cidade de cerca de 300 mil habitantes que atrai um grande número de turistas em busca de história, passeios na natureza e um clima mais ameno em relação ao litoral fluminense, devido à sua elevada altitude.

(Com informações da AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo