Sociedade

Após Bolsonaro citar ‘finalzinho da pandemia’, Pazuello diz que Covid-19 ‘não acabou’

‘Ela prossegue, vamos conviver com o coronavírus’, disse o ministro da Saúde nesta sexta-feira 11

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Nelson Almeida/AFP
Apoie Siga-nos no

Cerca de 24 horas depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o Brasil vive “o finalzinho da pandemia”, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou que a Covid-19 “não acabou”.

A declaração foi feita nesta sexta-feira 11 durante a inauguração da Maternidade Célia Câmara, em Goiânia (GO).

“A pandemia não acabou. Ela prossegue, vamos conviver com o coronavírus. Vamos chegar próximo a uma normalidade quando tivermos as vacinas, os antivirais que combatem efetivamente a doença”, afirmou Pazuello.

Em aparente recado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ministro ainda disse que o plano de vacinação contra a Covid-19 seguirá um calendário nacional. “Nenhum estado da federação será tratado de forma diferente. Nenhum brasileiro terá vantagem sobre outros brasileiros”, completou.

Doria anunciou, no último dia 7, que a imunização terá início no estado de São Paulo em 25 de janeiro, com a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

Na quinta-feira 10, Jair Bolsonaro minimizou mais uma vez o impacto do crescimento de casos do novo coronavírus durante evento no Rio Grande do Sul.

“Me permite falar um pouco do governo, que ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia”, afirmou.

Segundo boletim divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na noite da quinta-feira 10, o Brasil registrou, entre quarta e quinta, 770 mortes por Covid-19 e mais de 53 mil novos casos da doença. O total de vítimas fatais chegou a 179.765; o de infectados, a 6.781.799.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo