YouTube anuncia que deletará todos os vídeos com fake news sobre vacinas

A plataforma informou já ter apagado, em um ano, mais de 130 vídeos que violavam as regras

Foto: Robyn Beck/AFP

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O YouTube anunciou, nesta quarta-feira 29, um endurecimento de sua política contra conteúdos antivacina. A plataforma informou que as medidas não se limitarão a vídeos com desinformação sobre os imunizantes contra a Covid-19.

 

 

“Serão suprimidos vídeos com conteúdos que afirmem, falsamente, que as vacinas aprovadas são perigosas e causam efeitos crônicos à saúde; que digam que as vacinas não reduzem a transmissão de doenças; ou que causam doenças transmissíveis; ou que contenham informações errôneas sobre as substâncias usadas”, declarou a companhia em um comunicado.

De acordo com o YouTube, a medida abrange vídeos que sugiram que as vacinas aprovadas causam autismo, câncer, infertilidade ou que podem deixar marcas em quem for imunizado. Vídeos enganosos ou mentirosos sobre vacinas antigas, como aquelas contra rubéola e hepatite B, também poderão ser removidos do site.


“Os conteúdos sobre políticas de vacinação, novos testes de vacinas, assim como os de sucessos ou fracassos históricos das vacinas” continuam sendo permitidos, desde que respeitem as regras do YouTube.

A plataforma lembrou já ter adotado medidas contra a desinformação em relação aos imunizantes contra a Covid-19 e relatou ter apagado, em um ano, mais de 130 vídeos que violavam as regras.

Na terça-feira 28, a companhia suspendeu as contas alemãs da emissora pública russa RT por difundir “informações falsas sobre a Covid-19”. Moscou considerou a sanção uma censura e ameaçou bloquear o YouTube no país.

As gigantes do setor de tecnologia estão sendo cada vez mais pressionadas a suprimir conteúdos antivacina de suas plataformas, especialmente desde o início da pandemia do coronavírus.

Em meados de setembro, o Facebook apresentou uma nova ferramenta contra grupos adeptos de teorias conspiratórias ou violentos. Voltou-se particularmente para o movimento alemão Querdenken, que associa as medidas sanitárias contra a pandemia à privação de liberdades.

O Twitter também tem um regulamento sobre o tema e se reserva ao direito de retirar conteúdos e punir os envolvidos, em caso de infração.

 

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