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Ambientalistas são detidos por ações contra museus e ministérios na Espanha

Em uma das manifestações, os ativistas colaram as mãos em telas de Goya no museu do Prado, em Madrid

Dois ativistas colados pela mão nas molduras de duas pinturas do mestre espanhol Francisco Goya no museu do Prado, em Madrid, no dia 5 de novembro de 2022. Foto: Extinction Rebellion / AFP
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A polícia espanhola anunciou nesta sexta-feira(12) a detenção de 22 integrantes de um grupo ambientalista que realizou uma série de ações contra prédios públicos e museus, em uma delas os ativistas colaram sua mãos em telas de Goya no museu do Prado.

Foram atribuídas 65 ações ao grupo, tanto na Espanha como em outros países, que incluem, “entre outros atos delitivos, novos lançamentos de tinta em edifícios e obras, bloqueio de ruas e invasões de pistas de diferentes aeroportos”, informou um comunicado da polícia.

Trata-se do coletivo ambientalista Futuro Vegetal, afirmou à AFP uma fonte policial, cujos dois de seus ativistas colaram suas mãos em duas pinturas de Francisco de Goya (1746-1828), “A maja nua” e “A maja vestida”, no madrilenho Museu do Padro, em novembro de 2022.

Os quadros não foram danificados, afirmaram as autoridades nesse momento, mas os ativistas escreveram “+1,5°C” na parede entre as duas pinturas, em referência à meta de aquecimento com a qual a comunidade internacional se comprometeu em 2015.

A polícia indicou que os 22 detidos “organizaram uma estrutura criminosa e causaram danos ao patrimônio no valor de mais de meio milhão de euros (mais de 548.000 dólares ou 2,82 bilhões de reais na cotação atual)”.

A polícia não especificou a data das prisões, mas o Futuro Vegetal escreveu na rede social X que foram em dezembro.

Suas ações incluem o lançamento de tinta nas fachadas da Câmara dos Deputados e do Ministério da Agricultura em Madri e o bloqueio de uma importante rua da capital.

Também invadiram “as pistas dos aeroportos de Ibiza e Madri-Barajas, provocando seu fechamento temporário”, indicou a polícia.

O coletivo, conectado a outros grupos similares a nível internacional, conseguiu receber “mais de 140.000 euros (747.000 reais) em doações”, segundo o comunicado.

Entre os detidos em mais de dez cidades da Espanha, como Madri, Barcelona, Valência e Granada, figuram os “três máximos responsáveis” do grupo, “que coordenavam e dirigiam o coletivo como uma organização criminosa”, acrescentou.

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