Com cortes orçamentários, Ibama e ICMBio têm verba só até dezembro

O montante a que o Ibama tem acesso para as ações de fiscalização até o final de 2019 não chega a 19 milhões de reais

Foto: Vinícius Mendonça/ Ibama

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O trabalho do Ibama e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) está em risco. Atingidos pelos cortes orçamentários do governo de Jair Bolsonaro, os dois órgãos só têm dinheiro para ações até dezembro.

O Ibama e o ICMBio são ligados ao Ministério do Meio Ambiente e recebem a maior fatia dos recursos da pasta. O alerta do esgotamento dos recursos veio após uma análise dos valores disponíveis e do que já foi autorizado para gasto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo o levantamento, o montante a que o Ibama tem acesso para as ações de fiscalização até o final de 2019 não chega a 19 milhões de reais. O Estadão obteve os dados junto ao Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

Os cortes, no entanto, estão sendo revistos. O Ministério do Meio Ambiente informou que está em negociação com a área econômica do governo sobre os valores bloqueados e que existe chance de liberação de limites ainda em setembro.

O orçamento liberado para ações de fiscalização de desmatamento este ano, de 102 milhões de reais, sofreu um bloqueio de 15%, o que representa 15,6 milhões de reais. Para 2020, o dinheiro será ainda mais curto: conforme o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), estão previstos 76,8 milhões para as ações de controle e fiscalização ambiental do Ibama.


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