Sustentabilidade

Planeta registra recorde de gases de efeito estufa em 2021

O nível é “o mais alto em pelo menos o último milhão de anos com base em registros paleoclimáticos”, disse o relatório anual sobre o estado do clima

Efeito estufa
Foto: iStock Todos os dados indicam que a humanidade está longe de conter o aquecimento global. Foto: iStock
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A concentração atmosférica de gases com efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global atingiu um novo recorde em 2021, apesar de uma diminuição das emissões de CO2 no ano anterior devido à pandemia de covid-19, afirma um relatório do governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira (31).

“Os dados apresentados neste relatório são claros: continuamos vendo evidências científicas mais convincentes de que as mudanças climáticas têm impactos globais e não mostram sinais de desaceleração”, disse Rick Spinrad, que dirige a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

O aumento nos níveis de gases de efeito estufa ocorre apesar de uma redução das emissões de combustíveis fósseis no ano anterior, quando grande parte da economia mundial desacelerou drasticamente devido à pandemia de covid-19.

A agência americana disse que a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera ficou em 414,7 partes por milhão (ppm) em 2021, 2,3 ppm a mais que em 2020.

O nível é “o mais alto em pelo menos o último milhão de anos com base em registros paleoclimáticos”, disse o relatório anual sobre o estado do clima, liderado por cientistas da NOAA.

O nível do mar do planeta subiu pelo décimo ano consecutivo, atingindo um novo recorde de 97 milímetros acima da média em 1993, quando começaram as medições por satélite.

O ano passado foi um dos seis mais quentes já registrados desde meados do século XIX, e os últimos sete anos foram os sete mais quentes já registrados, segundo o relatório.

O número de tempestades tropicais também ficou bem acima da média no ano passado, incluindo o tufão Rai, que matou quase 400 pessoas nas Filipinas em dezembro, e o Ida, que varreu o Caribe antes de se tornar o segundo furacão mais forte a atingir o estado americano de Louisiana, depois do Katrina.

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